PS insiste: "Revelem compromissos com a troika"

Portas acusou os socialistas de estarem a criar "dúvida de boa-fé, que é inaceitável quando o país conseguiu terminar o resgate".
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Terceiro dia, terceira insistência: os socialistas não desarmam e querem que o Governo diga o que já negociou com o FMI e a troika, depois de Paulo Portas ter atacado o PS por "estar a criar uma dúvida de boa-fé, que é inaceitável quando o país conseguiu terminar o resgate", ao exigir que seja divulgado o conteúdo da carta de intenções.

Esta quarta-feira, de novo, Eurico Dias sublinhou que "o PS continua a exigir o essencial: onde está a carta de intenções? Qual é o conjunto de compromissos assumidos pelo Governo?", questionou o membro do Secretariado Nacional socialista, numa conferência de imprensa no Largo do Rato, em Lisboa. "Deixemos para trás esta encenação", atirou, questionado sobre as críticas de Paulo Portas.

"O vice-primeiro-ministro está a dizer que negociámos [compromissos com o FMI] e que não os quer dizer agora, que só os revelará em junho", já depois das eleições europeias de 25 de maio. O dirigente socialista reiterou o pedido para que a carta de intenções seja divulgada até 17 de maio, dia em que termina o Programa de Assistência Económica e Financeira.

Eurico Brilhante Dias reiterou que os portugueses desconhecem como será a tabela salarial única, acordada com a troika pelo Governo há semanas, nem como se desenhará a reforma da segurança social, recordando que o primeiro-ministro já disse ter na sua mão um estudo sobre a mesma, numa entrevista divulgada a 15 de abril.

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